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  • Foto do escritorRonaldo Dalbianco

REFERÊNCIAS LITERÁRIAS - NELSON RODRIGUES


Obscenas, imorais e vulgares. Essas eram, à época, as qualificações principais dos críticos com relação às obras de Nelson Rodrigues, um dos maiores dramaturgos brasileiros do século XX.


O autodenominado “anjo pornográfico” era um originalíssimo realista, utilizava a linguagem coloquial, frases curtas, gírias e muita ironia, e em suas obras há uma forte crítica à sociedade e às suas instituições, principalmente o casamento.


Através do erotismo, denunciava a sordidez da sociedade, brincando com temáticas comuns como traição e vingança. Nelson era um obcecado pela morte, e as suas obras, sejam psicológicas, míticas ou de costumes, quase sempre (ou sempre?) se concluem em tragédias morais e/ou físicas.


Isso é que chamamos de horror social? Eu acredito que sim. Uma obra de horror não necessariamente trata de assassinos impiedosos, muito sangue e pedaços de corpos desmembrados (que HORROR! — esse é o conceito). O horror social, por sua vez, nos causa ojeriza em virtude das atitudes dos personagens e consequências devastadoras de seus atos.


Nelson transpôs a tragédia grega para a sociedade carioca da época e dessa transposição surgiu a “tragédia carioca”, com regras semelhantes, mas tom contemporâneo. Uma de suas principais e mais conhecidas obras é a peça “Vestido de Noiva”, lançada em 1943, onde ele apresenta a história em três planos distintos: realidade, memória e alucinação — e aqui está uma forte característica de meu livro “O LOBO DO HOMEM”, cuja segunda edição será lançada em julho de 2023!


Dá uma navegada no meu site para saber mais sobre o lançamento!


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